RESENHA 20: O Desempregado do Amor

Olá, bookworms!


Hoje venho apresentar a vocês a resenha de um livro ao qual fui convidada a ler por um dos autores envolvidos na proposta entre junho e julho:  O Desempregado do Amor



Título Original: O Desempregado do Amor

Autores: Fernando Drummond, Nathan Minto, Thiago Muniz

Ano: 2018

Páginas: 27o


Editora: Access Editora

"Ser livre não nos impede de criar vínculos com os outros. O desapego não é desamor. Os problemas  nos relacionamentos  surgem quando você quer impor  seus princípios ao outro, ou ele a você.  Você não pode viver para si mesmo; assim, você começa a viver para outra pessoa. E também é o mesmo caso com a outra pessoa: ele ou ela não pode viver sozinho: assim, ele está na busca para encontrar alguém. Duas pessoas  que estão com medo de  suas próprias solidões, reúnem-se e começam um jogo, aparentemente amoroso, mas, bem no fundo, elas estão buscando apego, escravidão. Nesta vida nada é permanente, inclusive e principalmente os relacionamentos. Portanto, pretender que algo cuja natureza é impermanente se torne permanente, é a receita certa para sofrer."   
(Dr. Luiz Ainbinder - página 53 - O Desempregado do Amor)




Ao escrever um livro sobre sua vida amorosa, o personagem descreve casos e descasos de suas relações desde a adolescência. Transcorre sobre diversas situações e, como os próprios autores relatam, em algumas circunstâncias conseguimos ter certa dó dele, porém em outras, nem tanta. Entretanto, quem nunca viveu questões ligadas à relacionamentos na vida?

É natural do ser humano, todos sabemos, a necessidade intrínseca de se ter alguém por perto, para amar, viver bons momentos, dividir e multiplicar...

Mas acertar na pessoa que vai viver ao nosso lado para todo sempre, "até que a morte nos separe", aí é uma outra história! Ninguém nunca disse ser fácil!

O livro O Desempregado do Amor retrata diversas localidades do Rio de Janeiro, onde o personagem vivia e percorria, algo ao qual me identifico!

Fala dos desapontamentos que viveu, dos acertos e erros nos relacionamentos, delineando as várias moças ao qual se envolveu desde a juventude. Classifica seus amores e vivências, as "fases românticas", separando-as por nomes de pretendentes e amadas.

Em O Desempregado do Amor , por alguns momentos, os autores relatam curiosidades do personagem e nos infere reflexões.

Em verdade, para quem se considera pudica, recatado, ou repleto de pudores, talvez em algumas ocasiões pode se sentir chocado, mas para aqueles que gostam de ser ledores e ouvintes de irreverentes histórias de amor, algumas mais poéticas, singelas e até românticas; arrisco a mencionar que 
outras com certo toque de humor, e até mesmo aquelas no estilo Nelson Rodrigues, eis aqui uma boa pedida!





Há na história, devido aos seus instantes felizes e desilusões amorosas, questionamentos em que o personagem faz belas e citações de Fernando Pessoa, Gilberto Freyre _em Casa- Grande e Senzala_  Charles Darwin, e Machado de Assis.

Quando fala de Carolina, por exemplo, o leitor pode inclusive interpretar  trechos como uma espécie de manual da paquera.

Mas não há apenas o amor de casais na história! Pode-se também observar a valorização da família, quando o protagonista por diversas vezes cita seus cuidados com sua avó, enferma, sua relação com seu pai, e um certo saudosismo familiar em alguns trechos da narrativa. Neto exímio, se emociona com as perdas que sofre, além da demonstração de gratidão pelo apoio de uma das namoradas em certo período triste da sua vida.




De maneira simples, divertida e muito bem escrita, os autores Fernando Drummond , Nathan Minto e Thiago Muniz , além de nos convidarem a adentrarmos no universo desse "desempregado do amor", nos faz, por vezes, rir, e até mesmo refletir com os temas abordados, como relações familiares, religião, os universos masculino e feminino, traição, estupro, homicídio e depressão.

Enquanto lia, por alguns momentos indaguei: 


  • Seria esse rapaz sempre a vítima mesmo, e no futuro o dono da verdade a cada término de relacionamento?

  • Essas moças eram sempre as vilãs?

Tenho certeza que essas e outras indagações virão à tona ao terem acesso à leitura de "O Desempregado do Amor".

Até a próxima!
















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